Fui ao hospital para fazer um check-up e, de propósito, pedi ao médico que exagerasse no curativo de um pequeno corte na minha cabeça. Saí de lá com um curativo enorme e um daqueles gorros brancos de malha médica. Quando cheguei à delegacia para dar meu depoimento, o policial já havia terminado de interrogar a Isabela.
Com as gravações do meu escritório como prova, ficou claro quem estava certo e quem estava errado.
No final, o policial concluiu que o comportamento da Isabela infringiu as normas de segurança pública. Ela foi condenada a dez dias de detenção administrativa, uma multa de dois mil reais e ainda teve que me pedir desculpas na minha frente.
Quando voltei a encontrar Isabela, toda sua arrogância havia desaparecido. Ela me encarava com um olhar cheio de ódio, os dentes rangendo de raiva.
— Vai pedir desculpas ou quer que a detenção aumente mais alguns dias? — O policial advertiu, ao perceber que ela não abria a boca.
Ao ouvir que poderia ficar presa por mais tempo, Isabela im