Eu me assustei e me sentei, saindo dos braços de Jean.
Jean continuou conversando ao telefone por mais alguns instantes antes de desligar.
— O pessoal da embaixada perguntou se você quer ir vê-lo. O que você acha? — Perguntou Jean, olhando para mim.
— Não. — Respondi sem hesitar, balançando a cabeça. — Que façam o que tiver que fazer. Não tenho nada para falar com ele.
Só de lembrar das palavras de Davi e do que ele tentou fazer, meu corpo inteiro rejeitava a ideia.
Jean passou o braço em volta dos meus ombros e apertou levemente, como se quisesse me consolar em silêncio.
— O pessoal da embaixada mencionou que, se ele for julgado aqui, como não houve um dano físico comprovado, ele pode facilmente alegar inocência com um bom advogado. Além disso, para o caso ser tratado aqui, você teria que ficar no país até que todo o processo fosse concluído e só depois poderia voltar para casa...
Jean não precisou terminar a frase para que eu entendesse. O problema não era o que aconteceria com Davi,