Era um sentimento de melancolia que eu sentia por ele.
O que me deu um pouco de satisfação, no entanto, foi ver a juíza, após proferir a sentença, dar um recado direto para Davi:
— Réu, esta é a decisão final de segunda instância. Não cabe mais recurso.
Davi imediatamente retrucou:
— Eu vou solicitar uma revisão!
Meu coração deu um salto. Ele havia perdido completamente o bom senso!
— Solicitação indeferida. Esta decisão entra em vigor imediatamente. O julgamento está encerrado. — A juíza respondeu, cortante, sem dar espaço para discussão.
— Eu não aceito isso! Quero apelar! — Davi gritou, sua expressão distorcida e tomada por uma raiva quase insana, como se estivesse sob algum tipo de maldição.
Mas a juíza simplesmente o ignorou. Levantou-se, organizou os documentos e saiu do tribunal sem nem olhar para trás.
Enquanto meu advogado empurrava minha cadeira de rodas para fora, passamos pelo lugar onde Davi estava. De repente, ele virou sua própria cadeira de rodas e segurou firme no apoi