LuccaEstávamos lá no restaurante, e não pude deixar de notar como Bella estava linda. Enquanto nos sentávamos à mesa, tentei me controlar. "Lucca, se controla! Ela é filha do seu grande amigo," pensei, tentando manter a compostura. Além disso, fiz uma promessa ao Marco de que cuidaria e protegeria sua filha, e não poderia falhar com ele agora.Bella estava realmente deslumbrante naquela noite. Seu cabelo castanho caía em ondas suaves sobre os ombros, e os olhos brilhavam com uma intensidade que eu não tinha notado antes. Ela parecia mais madura, mais segura de si, mas ainda havia aquela vulnerabilidade que me lembrava da menina que conheci no velório de seu pai. A luz suave do restaurante realçava suas feições delicadas, e seu sorriso, embora tênue, irradiava uma sensação de esperança e determinação.― O que vai querer beber? ― perguntei, tentando soar casual enquanto gesticulava para o garçom se aproximar.― Acho que um vinho seria bom, ― ela respondeu, com um pequeno sorriso.Acene
Bella — Eu estava em total choque. Eu simplesmente não conseguia acreditar nas palavras que acabara de ouvir. Meu coração estava apertado, era como se alguém estivesse esmagando-o com força contra o meu peito. Meus pais… mortos? Como isso era possível? Corri até a janela, olhando desesperadamente pela rua esperando vê-los chegando em segurança. Mas o que encontrei foi um cenário assustador. Haviam carros dos capangas do meu pai espalhados pela frente de nossa casa. Eu caí de joelhos no chão, procurando algum sinal de esperança nos olhos das pessoas presentes. Minha avó correu até mim e me abraçou, tentando me consolar. Suas palavras pareciam distantes e irrelevantes diante da tragédia que acabara de acontecer. Minha mente estava turva e atordoada. Minha realidade estava desmoronando completamente ao meu redor. Em um momento de puro desespero, me afastei dos braços da minha avó e gritei com todas as forças que tinha em mim: — NÃO! Meus pais não morreram! — As lágrimas teimosas cont
Bella Eu estava em total choque. Eu simplesmente não conseguia acreditar nas palavras que acabara de ouvir. Meu coração estava apertado, era como se alguém estivesse esmagando-o com força contra o meu peito. Meus pais… mortos? Como isso era possível? Corri até a janela, olhando desesperadamente pela rua esperando vê-los chegando em segurança. Mas o que encontrei foi um cenário assustador. Haviam carros dos capangas do meu pai espalhados pela frente de nossa casa. Eu caí de joelhos no chão, procurando algum sinal de esperança nos olhos das pessoas presentes. Minha avó correu até mim e me abraçou, tentando me consolar. Suas palavras pareciam distantes e irrelevantes diante da tragédia que acabara de acontecer. Minha mente estava turva e atordoada. Minha realidade estava desmoronando completamente ao meu redor. Em um momento de puro desespero, me afastei dos braços da minha avó e gritei com todas as forças que tinha em mim: ― NÃO! Meus pais não morreram! ― As lágrimas teimosas contin
Lucca Com o coração acelerado, olhei atônito para Marco, que se debatia no chão. O pavor tomou conta de mim ao ver meu melhor amigo naquela situação. Em estado de choque, me ajoelhei ao seu lado e segurei sua mão, tentando manter a calma. — Marco! Olha pra mim, cara! Tenta ficar acordado! — implorei, sentindo um nó se formar em minha garganta. Marco abriu os olhos devagar e me encarou com dificuldade. Seus olhos estavam cheios de dor e desorientação. — Lucca… o que… aconteceu? — ele sussurrou com dificuldade. Um misto de preocupação e alívio inundou meu peito. Marco estava vivo, apesar de gravemente ferido. O sangue escorria incessantemente de suas costas e suas palavras eram fracas. — Alguém te atingiu às costas enquanto você estava jantando com Giovanna. Mas agora você precisa se concentrar em ficar acordado até a ambulância chegar. Aguenta firme! — falei, lutando contra as lágrimas que queriam escapar dos meus olhos. Marco assentiu com dificuldade enquanto segurava minha mão c
Lucca Com o coração acelerado, olhei atônito para Marco, que se debatia no chão. O pavor tomou conta de mim ao ver meu melhor amigo naquela situação. Em estado de choque, me ajoelhei ao seu lado e segurei sua mão, tentando manter a calma. — Marco! Olha pra mim, cara! Tenta ficar acordado! — implorei, sentindo um nó se formar em minha garganta. Marco abriu os olhos devagar e me encarou com dificuldade. Seus olhos estavam cheios de dor e desorientação. — Lucca… o que… aconteceu? — ele sussurrou com dificuldade. Um misto de preocupação e alívio inundou meu peito. Marco estava vivo, apesar de gravemente ferido. O sangue escorria incessantemente de suas costas e suas palavras eram fracas. — Alguém te atingiu às costas enquanto você estava jantando com Giovanna. Mas agora você precisa se concentrar em ficar acordado até a ambulância chegar. Aguenta firme! — falei, lutando contra as lágrimas que queriam escapar dos meus olhos. Marco assentiu com dificuldade enquanto segurava minha mão c
Lucca Hoje completam três dias desde a morte do Marco, e aqui estou, diante do doloroso cenário do funeral dele e de sua esposa. A sensação é estranha, como se o tempo estivesse passando devagar demais, mas ao mesmo tempo, tudo parece tão irreal. Eu não consigo deixar de sentir que é cedo demais para estar aqui, observando os caixões, mas a voz da sogra do Marco ressoa na minha mente, explicando que havia a necessidade de realizar um enterro conjunto, para a filha deles. Ao escutar as palavras da sogra, começo a compreender a complexidade de suas relações familiares. Agora vejo por que o Marco não tinha uma opinião positiva sobre essa mulher. Não é difícil perceber que ela nunca se importou muito com ele. A forma como ela fala dele é carregada de desdém e desapego, como se ele fosse apenas uma figura distante em sua vida. ―Isso foi uma escolha dele, que resultou nisso tudo. Ele tomou decisões erradas, criou inimizades por causa desse trabalho e acabou arrastando a minha única filha…
BellaTudo parecia um pesadelo cruel, um turbilhão de emoções rasgando meu coração em pedaços. A dor da perda, a angústia do desconhecido e a sensação sufocante de estar presa em um labirinto de confusão me envolviam como uma tempestade. A notícia da morte dos meus pais, aqueles que sempre foram meu porto seguro, tinha me atingido como um golpe avassalador. O vazio que deixaram era insuportável.Hoje, no funeral, a dor era palpável no ar denso. Os caixões, lacrados e inacessíveis, escondiam os rostos que eu tanto amava. Um aperto em meu peito se intensificava a cada passo que eu dava na direção deles. A voz da minha avó, tão preocupada e amorosa, ecoava em minha mente, lembrando-me da sua tentativa de proteger-me de um sofrimento ainda ma
LuccaEnquanto me preparava para abordar novamente aquela senhora e tentar discutir, mais uma vez, o que seria melhor para o futuro de Bella, uma vibração insistente no bolso da minha calça interrompeu meus pensamentos. Eu suspiro, já sentindo a irritação se acumulando, e tiro o celular do bolso. A tela ilumina com o nome "Enzo", e uma onda de impaciência me atinge. Logo agora, Enzo?Com um olhar rápido para a tela, percebo que ele está ligando. Respiro fundo antes de atender, tentando conter o tom impaciente que ameaça dominar minha voz. Pressiono o botão de atender e coloco o celular no ouvido. — Oi Enzo, por que está ligando? — pergunto, meus sentimentos de frustração e impaciência sutilmente transparecem na minha voz.Último capítulo