CAPÍTULO 3.1

Eu estava silenciosamente rezando para que ele não me reconhecesse e se essa graça fosse atendida, que Amadeo não desse com a língua nos dentes. Enquanto eu estava em cólicas por todo o inferno interno que eu estava vivendo, ele apenas sentou-se em seu lugar e mexeu no seu smartphone enquanto Amadeo foi a cada um de nós apertar a mão e ser gentil – Srta. Ferrara – Disse ao se aproximar. – que bom revê-la.

- Sr. Rizzardo, eu sinto...  – ele me parou balançando discretamente a cabeça de um lado para o outro ao mesmo tempo em que sussurrou um “relaxe”. Eu, no auge do meu desespero, agarrei-me nisso para me acalmar. Ele não diria nada e o senhor “foda intergaláxica” não iria se lembrar de mim. Embora, francamente, o que fez com que eu cogitasse a possibilidade dele se lembrar? Eu estava em uma sala escura com dezenas de pessoas e não era como se o pau dele estivesse sendo inserido em mim. Eu honestamente já achava difícil que ele se lembrasse da mulher deslumbrante que ele estava fodendo, quem dirá a que ele nem sequer chegou perto. Murmurei um agradecimento e foquei no que interessava. Ugo começou uma apresentação sobre a empresa e seus produtos e serviços. Amadeo falou de um smartphone que seria o próximo lançamento da Mazza Telecom e que iria revolucionar o conceito de smartphones do mundo. E, em seguida, apresentou o presidente da empresa, Antony Mazza. Eu conseguira evitar com maestria o seu olhar durante todo esse tempo, focando nos dois homens e fazendo as minhas anotações. Mas uma vez que ele era o único que falaria apartir de agora, seria suicídio não olhar para ele. Então, puxei uma respiração profunda e olhei. Pela primeira vez notei que os seus olhos eram verdes, como duas esmeraldas brilhantes e seus cabelos castanhos estavam um pouco comprido na parte de trás.

- Obrigado, Amadeo e Ugo. Senhoras e Senhores, vocês foram chamados aqui hoje para um desafio. Nós temos um produto que está prestes a ser lançado no mercado, mas não é um produto qualquer. Pela apresentação de Amadeo vocês puderam ver que se trata de um produto revolucionário que irá desbancar o maior atualmente no mercado. Principalmente por que conseguimos alcançar isso por um preço acessível ao consumidor comum. Mas ele é importante não apenas pelos recursos que apresenta ou pelo custo benefício. Ele é especial, principalmente, porque é uma inovação da nossa empresa. Como Ugo falou antes nós somos, sobretudo, uma empresa de serviços de telecomunicações, ou melhor, éramos. Temos hoje um departamento de tecnologia capaz e temos também o parceiro adequado para produção em larga escala, mas a marca é nossa e a tecnologia também.  – ele nunca focou em mim diretamente e por isso eu dizia que ele não me reconheceu – Queremos uma campanha que consiga, de modo criativo, mostrar a importância desse projeto e convencer o consumidor e investidores de que esse é o melhor produto do mercado. E é aí que vocês entram. Eu não quero uma campanha em duas semanas. Mas eu quero uma prévia para os investidores. E eu não estou me referindo a uma sucessão de slides, por que isso eu mesmo posso fazer. Os investidores da Mazza serão seu consumidor, vocês precisam convencê-los de que o produto é bom e vocês precisam também convencê-los de que podem fazer o consumidor em geral acreditar nisso. Eu quero algo novo, criativo, nada das coisas de sempre. Surpreendam-me e, se concordarem em participar e fizerem um bom trabalho, o contrato da campanha oficial do produto será de vocês e eu estou falando de muito dinheiro. Duas semanas. Esse é o prazo. Se acham que não podem fazer isso, por favor, poupem o seu tempo e o meu. Tenham um bom dia.

Dito isto, ele se levantou e saiu da sala. Deixando seis de nós perplexos e inseguros. Eu abri a minha pasta e comecei a guardar minhas coisas dentro dele. O notebook, o bloco de anotações, minha caneta da sorte... enquanto um a um presentes deixavam a sala. Quando fiquei de pé, Amadeo e Ugo estavam se despedindo do último deles. Eu caminhei para a porta e Ugo apertou a mão e agradeceu a minha presença – Tem um minuto? Amadeo perguntou enquanto Ugo se afastava. Antes que eu respondesse, ele fechou a porta.

- Eu não fazia ideia... – comecei me explicando.

- Penélope – ele me chamou pelo primeiro nome – Relaxe. Eu pedi para falar com você por que eu vi o quanto isso a afetou e eu queria tranquilizá-la. O que vocês fazem fora daqui não é problema nosso. Nem meu nem de Tony. Eu sei que você assistiu a apresentação naquela noite e deve ter reconhecido Tony de lá. Ele é um dos donos, assim como eu sou e ele separa muito bem a sua vida pessoal e a profissional. Basta que você faça o mesmo. Ugo me mostrou o seu trabalho e eu acho que você pode se sair bem. Não deixe essa oportunidade passar por causa daquela noite.

- Certo. Eu só fiquei chocada. Não esperava. Mas, obrigada. – eu caminhei até a porta e, antes de sair, me virei – Será que ele... me viu lá?

- Eu não sei dizer. Mas esqueça-se disso. 

- Eu vou tentar. Obrigada novamente. – e com isso eu saí da sala.

Tony

- Porra! Sério?

- Então você a viu lá?

- Vi. De onde ela saiu?

- Bruno. Ela é chefe da sub dele, Isabel. E, pelo que ele me explicou estava apenas curiosa a respeito. Eu conversei com ela, apresentei o clube e depois precisei deixa-la. A última vez que a vi, ela estava no salão principal, esperando a apresentação. O que aconteceu lá?

- Não sei. Eu apenas a vi e não consegui tirar os olhos dele. E, no instante em que fiz, ela sumiu.

- Ela não é uma submissa. Você sabe...

- Não sei.

- Ela não é Tony. Esqueça. Nós dois sabemos que outro tipo não te interessa. Nem a mim. Você não j**a leve e ela não entenderia. Ela só estava curiosa a respeito, mas pareceu bastante crítica sobre tudo.

- Como ela chegou até aqui? – perguntei. Ignorando seus conselhos?

- Ugo. Ele já conhecia o trabalho da empresa dela e me mostrou. 

- Como se chama?

- Ferrara Planejamento e Marketing.

- Como ela se chama?

- Penélope Ferrara. Mas Tony, ela o reconheceu e ficou bastante constrangida ... Ela me perguntou se você a tinha visto e eu disse que não. Vocês chegaram a se falar naquela noite?

- Não. Eu apenas a vi e sei que ela me viu. Nada mais. Não lhe diga nada. 

- Se é o que você quer... – Ele balançou a cabeça e saiu, deixando-me sozinho.

- Penélope Ferrara... – experimentei a sensação do seu nome em minha boca, mas havia muito mais coisas dela que eu gostaria de experimentar. Ela era tão linda quanto eu me lembrava e, ao contrário do que Amadeo acha, ela me pareceu uma submissa. Não experiente, é claro. Talvez uma natural. Eu adoraria comprovar isso. Só o pensamento de tê-la ajoelhada aos meus pés enquanto eu fodo a sua boca é suficiente para me deixar duro. 

Eu a havia reconhecido no instante em que coloquei os meus olhos sobre ela e tive que dedicar um tempo mexendo em meu smartphone até que eu retomasse o controle e pudesse iniciar aquela reunião sem foder com tudo. Depois me diverti assistindo toda a tensão em seu corpo, enquanto ela se esforçava em ignorar a minha presença e focar em Amadeo e Ugo. Eu estava ansioso para saber como ela agiria quando eu começasse a falar e ela me surpreendeu se comportando de uma maneira extremamente profissional. Eu não sabia o que havia de tão interessante nela para mexer comigo tanto assim. Foi apenas um olhar, na penumbra do salão do club e eu jamais poderia esquecê-la. Passei os últimos cinco dias me perguntando quem seria ela e perdi as contas das vezes que me masturbei pensando nela, lembrando da sua boca, dos seus olhos, na maneira como eles se fecharam e seu corpo tremeu quando ela gozou sem que eu precisasse sequer tocá-la. Inúmeras ideias passaram pela minha cabeça sobre o que fazer ao seu corpo e as várias maneiras que eu a faria vir. Estava disposto a checar os registros do club se até final de semana seguinte ela não aparecesse por lá. Mas o que aconteceu aqui hoje foi um verdadeiro presente do destino.

 Abrindo o meu navegador, digitei seu nome no g****e e umas série de resultados apareceram. Ela tinha uma conta no f******k. Sua foto de perfil era uma de rosto. Ela estava sorrindo, seus cabelos estavam soltos e ela tinha um sorriso de tirar o fôlego. Quando a vi no clube não podia dizer a cor exata dos seus olhos. Apenas sabia que eram claros. Hoje, porém, fui cativado por um olhar acinzentado raro. Em alguns momentos hoje eles ficaram azuis. Senti meu pau endurecer diante da imagem desses olhos agora. Sem conseguir me conter deslizei a mão e me acariciei através da calça. Eu me sentia um adolescente quando pensava sobre ela. Meu autocontrole ia para o espaço. Fiquei ainda mais duro imaginando como seria empurrá-la sobre a mesa de reunião levantar a sua saia até expor a sua bunda gostosa e fodê-la de todas as maneiras possíveis até que ela não pudesse mais dar um passo adiante. Meu pau pulsou novamente. Sem conseguir mais segurar e precisando urgente de um alívio, apertei o botão na minha mesa que travava a minha porta e ampliei uma foto sua na tela do meu computador. Abrindo a minha calça, libertei minha já pesada ereção e deslizei minha mão para cima e para baixo. Flashes daquela noite no clube iam e vinham na minha mente, alternando com a imagem do seu rosto na tela. Quando recordei a maneira como ela me olhou e a forma como seu corpo tremeu quando gozou, intensifiquei o aperto no meu eixo e bombeei rápido numa corrida desenfreada pelo orgasmo até evitar uma lambança total cobrindo a cabeça dolorida com a palma da minha outra mão. Meu corpo tremeu e um gemido escapou dos meus lábios. E foi a primeira vez que eu chamei seu nome enquanto gozava – Penélope, você é minha. – Mas não seria a última vez. Não mesmo.

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