Eu estava silenciosamente rezando para que ele não me reconhecesse e se essa graça fosse atendida, que Amadeo não desse com a língua nos dentes. Enquanto eu estava em cólicas por todo o inferno interno que eu estava vivendo, ele apenas sentou-se em seu lugar e mexeu no seu smartphone enquanto Amadeo foi a cada um de nós apertar a mão e ser gentil – Srta. Ferrara – Disse ao se aproximar. – que bom revê-la.
- Sr. Rizzardo, eu sinto... – ele me parou balançando discretamente a cabeça de um lado para o outro ao mesmo tempo em que sussurrou um “relaxe”. Eu, no auge do meu desespero, agarrei-me nisso para me acalmar. Ele não diria nada e o senhor “foda intergaláxica” não iria se lembrar de mim. Embora, francamente, o que fez com que eu cogitasse a possibilidade dele se lembrar? Eu estava em uma sala escura com dezenas de pessoas e não era como se o pau dele estivesse sendo inserido em mim. Eu honestamente já achava difícil que ele se lembrasse da mulher deslumbrante que ele estava fodendo, quem dirá a que ele nem sequer chegou perto. Murmurei um agradecimento e foquei no que interessava. Ugo começou uma apresentação sobre a empresa e seus produtos e serviços. Amadeo falou de um smartphone que seria o próximo lançamento da Mazza Telecom e que iria revolucionar o conceito de smartphones do mundo. E, em seguida, apresentou o presidente da empresa, Antony Mazza. Eu conseguira evitar com maestria o seu olhar durante todo esse tempo, focando nos dois homens e fazendo as minhas anotações. Mas uma vez que ele era o único que falaria apartir de agora, seria suicídio não olhar para ele. Então, puxei uma respiração profunda e olhei. Pela primeira vez notei que os seus olhos eram verdes, como duas esmeraldas brilhantes e seus cabelos castanhos estavam um pouco comprido na parte de trás.
- Obrigado, Amadeo e Ugo. Senhoras e Senhores, vocês foram chamados aqui hoje para um desafio. Nós temos um produto que está prestes a ser lançado no mercado, mas não é um produto qualquer. Pela apresentação de Amadeo vocês puderam ver que se trata de um produto revolucionário que irá desbancar o maior atualmente no mercado. Principalmente por que conseguimos alcançar isso por um preço acessível ao consumidor comum. Mas ele é importante não apenas pelos recursos que apresenta ou pelo custo benefício. Ele é especial, principalmente, porque é uma inovação da nossa empresa. Como Ugo falou antes nós somos, sobretudo, uma empresa de serviços de telecomunicações, ou melhor, éramos. Temos hoje um departamento de tecnologia capaz e temos também o parceiro adequado para produção em larga escala, mas a marca é nossa e a tecnologia também. – ele nunca focou em mim diretamente e por isso eu dizia que ele não me reconheceu – Queremos uma campanha que consiga, de modo criativo, mostrar a importância desse projeto e convencer o consumidor e investidores de que esse é o melhor produto do mercado. E é aí que vocês entram. Eu não quero uma campanha em duas semanas. Mas eu quero uma prévia para os investidores. E eu não estou me referindo a uma sucessão de slides, por que isso eu mesmo posso fazer. Os investidores da Mazza serão seu consumidor, vocês precisam convencê-los de que o produto é bom e vocês precisam também convencê-los de que podem fazer o consumidor em geral acreditar nisso. Eu quero algo novo, criativo, nada das coisas de sempre. Surpreendam-me e, se concordarem em participar e fizerem um bom trabalho, o contrato da campanha oficial do produto será de vocês e eu estou falando de muito dinheiro. Duas semanas. Esse é o prazo. Se acham que não podem fazer isso, por favor, poupem o seu tempo e o meu. Tenham um bom dia.
Dito isto, ele se levantou e saiu da sala. Deixando seis de nós perplexos e inseguros. Eu abri a minha pasta e comecei a guardar minhas coisas dentro dele. O notebook, o bloco de anotações, minha caneta da sorte... enquanto um a um presentes deixavam a sala. Quando fiquei de pé, Amadeo e Ugo estavam se despedindo do último deles. Eu caminhei para a porta e Ugo apertou a mão e agradeceu a minha presença – Tem um minuto? Amadeo perguntou enquanto Ugo se afastava. Antes que eu respondesse, ele fechou a porta.
- Eu não fazia ideia... – comecei me explicando.
- Penélope – ele me chamou pelo primeiro nome – Relaxe. Eu pedi para falar com você por que eu vi o quanto isso a afetou e eu queria tranquilizá-la. O que vocês fazem fora daqui não é problema nosso. Nem meu nem de Tony. Eu sei que você assistiu a apresentação naquela noite e deve ter reconhecido Tony de lá. Ele é um dos donos, assim como eu sou e ele separa muito bem a sua vida pessoal e a profissional. Basta que você faça o mesmo. Ugo me mostrou o seu trabalho e eu acho que você pode se sair bem. Não deixe essa oportunidade passar por causa daquela noite.
- Certo. Eu só fiquei chocada. Não esperava. Mas, obrigada. – eu caminhei até a porta e, antes de sair, me virei – Será que ele... me viu lá?
- Eu não sei dizer. Mas esqueça-se disso.
- Eu vou tentar. Obrigada novamente. – e com isso eu saí da sala.
Tony
- Porra! Sério?
- Então você a viu lá?
- Vi. De onde ela saiu?
- Bruno. Ela é chefe da sub dele, Isabel. E, pelo que ele me explicou estava apenas curiosa a respeito. Eu conversei com ela, apresentei o clube e depois precisei deixa-la. A última vez que a vi, ela estava no salão principal, esperando a apresentação. O que aconteceu lá?
- Não sei. Eu apenas a vi e não consegui tirar os olhos dele. E, no instante em que fiz, ela sumiu.
- Ela não é uma submissa. Você sabe...
- Não sei.
- Ela não é Tony. Esqueça. Nós dois sabemos que outro tipo não te interessa. Nem a mim. Você não j**a leve e ela não entenderia. Ela só estava curiosa a respeito, mas pareceu bastante crítica sobre tudo.
- Como ela chegou até aqui? – perguntei. Ignorando seus conselhos?
- Ugo. Ele já conhecia o trabalho da empresa dela e me mostrou.
- Como se chama?
- Ferrara Planejamento e Marketing.
- Como ela se chama?
- Penélope Ferrara. Mas Tony, ela o reconheceu e ficou bastante constrangida ... Ela me perguntou se você a tinha visto e eu disse que não. Vocês chegaram a se falar naquela noite?
- Não. Eu apenas a vi e sei que ela me viu. Nada mais. Não lhe diga nada.
- Se é o que você quer... – Ele balançou a cabeça e saiu, deixando-me sozinho.
- Penélope Ferrara... – experimentei a sensação do seu nome em minha boca, mas havia muito mais coisas dela que eu gostaria de experimentar. Ela era tão linda quanto eu me lembrava e, ao contrário do que Amadeo acha, ela me pareceu uma submissa. Não experiente, é claro. Talvez uma natural. Eu adoraria comprovar isso. Só o pensamento de tê-la ajoelhada aos meus pés enquanto eu fodo a sua boca é suficiente para me deixar duro.
Eu a havia reconhecido no instante em que coloquei os meus olhos sobre ela e tive que dedicar um tempo mexendo em meu smartphone até que eu retomasse o controle e pudesse iniciar aquela reunião sem foder com tudo. Depois me diverti assistindo toda a tensão em seu corpo, enquanto ela se esforçava em ignorar a minha presença e focar em Amadeo e Ugo. Eu estava ansioso para saber como ela agiria quando eu começasse a falar e ela me surpreendeu se comportando de uma maneira extremamente profissional. Eu não sabia o que havia de tão interessante nela para mexer comigo tanto assim. Foi apenas um olhar, na penumbra do salão do club e eu jamais poderia esquecê-la. Passei os últimos cinco dias me perguntando quem seria ela e perdi as contas das vezes que me masturbei pensando nela, lembrando da sua boca, dos seus olhos, na maneira como eles se fecharam e seu corpo tremeu quando ela gozou sem que eu precisasse sequer tocá-la. Inúmeras ideias passaram pela minha cabeça sobre o que fazer ao seu corpo e as várias maneiras que eu a faria vir. Estava disposto a checar os registros do club se até final de semana seguinte ela não aparecesse por lá. Mas o que aconteceu aqui hoje foi um verdadeiro presente do destino.
Abrindo o meu navegador, digitei seu nome no g****e e umas série de resultados apareceram. Ela tinha uma conta no f******k. Sua foto de perfil era uma de rosto. Ela estava sorrindo, seus cabelos estavam soltos e ela tinha um sorriso de tirar o fôlego. Quando a vi no clube não podia dizer a cor exata dos seus olhos. Apenas sabia que eram claros. Hoje, porém, fui cativado por um olhar acinzentado raro. Em alguns momentos hoje eles ficaram azuis. Senti meu pau endurecer diante da imagem desses olhos agora. Sem conseguir me conter deslizei a mão e me acariciei através da calça. Eu me sentia um adolescente quando pensava sobre ela. Meu autocontrole ia para o espaço. Fiquei ainda mais duro imaginando como seria empurrá-la sobre a mesa de reunião levantar a sua saia até expor a sua bunda gostosa e fodê-la de todas as maneiras possíveis até que ela não pudesse mais dar um passo adiante. Meu pau pulsou novamente. Sem conseguir mais segurar e precisando urgente de um alívio, apertei o botão na minha mesa que travava a minha porta e ampliei uma foto sua na tela do meu computador. Abrindo a minha calça, libertei minha já pesada ereção e deslizei minha mão para cima e para baixo. Flashes daquela noite no clube iam e vinham na minha mente, alternando com a imagem do seu rosto na tela. Quando recordei a maneira como ela me olhou e a forma como seu corpo tremeu quando gozou, intensifiquei o aperto no meu eixo e bombeei rápido numa corrida desenfreada pelo orgasmo até evitar uma lambança total cobrindo a cabeça dolorida com a palma da minha outra mão. Meu corpo tremeu e um gemido escapou dos meus lábios. E foi a primeira vez que eu chamei seu nome enquanto gozava – Penélope, você é minha. – Mas não seria a última vez. Não mesmo.
Penny- Como você pode não me falar que Antony Mazza era dono do Gaming Club.- Eu juro que eu não sabia. E sim, eu conhecia Amadeo, mas não tinha ideia de que ele trabalhava na Mazza Telecom. Além disso, eu te disse que estamos frequentando este clube a pouquíssimo tempo, eu não conheço todo mundo ainda. Na verdade, Bruno é o único que conhece as pessoas. Mas, honestamente, eu não vejo razão para você ficar preocupada. Amadeo é muito profissional...- Não é com ele que eu estou preocupada.- Então com quem é? Você chegou a encontrar Antony Mazza no clube? Ele se lembrou de você? Eu não acho que ele falaria alguma coisa para constrangê-la. Não é como as pessoas de lá agem.- Eu não acho que ele tenha me reconhecido e, sim, eu o encontrei lá, mas na ocasião não o reconheci. Ele fez uma apresentação no salão principal e eu assisti. Jesus! Você tem ideia do quanto isso é constrangedor? - Olha, se ele não te reconheceu não vejo por que você está preocupada.- Quer saber do que mais? Você
Tony- Ela é esperta. Quantas equipes entraram em contato pedindo isso – Perguntei a Amadeo depois que ele encerrou a ligação com Penélope. Eu estava em seu escritório quando a sua secretária passou a ligação. Eu me vi eufórico quando ouvi o seu nome dito pela secretária no interfone.- Apenas ela. As outras queriam apenas tirar algumas dúvidas técnicas sobre o produto, mas solicitaram apenas uma reunião.- Dê-lhes apenas o que pedirem. Assim vamos medir o brilhantismo de cada um.- Ela é muito boa. Eu vi alguns dos seus trabalhos. Tão jovem e tão brilhante. Fala a verdade... você gostou dela.- Profissionalmente?- Não. Sexualmente.- Eu não fodi com ela...- E desde quando é preciso foder para gostar sexualmente. Algumas coisas a gente apenas sabe. Ela exala sexualidade, embora eu continue dizendo que ela não tem sequer um osso submisso em seu corpo. Ela é curiosa e isso é tudo.- Eu não estou interessado. Não mesmo. Ela é bonita e inteligente, mas eu não estou interessado.- Ahã.
LucaO beco atrás da boate estava completamente vazio. Um contraste com a entrada principal, onde havia uma não muito pequena fila de jovens ansiosos para entrar nas dependências da boate. Demétrius estacionou o carro e eu pulei sem esperar que ele abrisse a porta. Eu não estava preocupado. Apesar de estarmos em uma área pública, as câmeras de segurança instaladas nas paredes do prédio que abrigava a boate eram monitoradas pelos meus homens. Prova disso, foi que a porta logo foi aberta e a batida estridente se misturou ao barulho do tráfego a nossa volta. Enquanto no piso inferior funcionava uma boate como qualquer outra, onde as pessoas bebiam e dançavam, a parte de cima abrigava um clube onde as nossas mulheres entretinham desde os machos que fazem parte da Família até políticos influentes – Olá, chefe – cumprimentou-me Greg, que havia aberto a porta.- E aí cara?- Eles já estão aqui. Estão na área vip.- Vamos ver o que ele quer.Entrei no ambiente escuro com luzes intermitentes e
Andressa- Você é uma vergonha – meu pai berrou para o meu irmão que estava caído no chão após levar o terceiro soco do meu pai. Nas duas primeiras vezes ele até que se levantou, mas agora estava lá, prostrado. Sem nenhuma condição de erguer-se sozinho. Meus primos estavam a um canto observando sem se intrometer, esperando o comando do meu pai. O cheiro de álcool podia ser sentido à distância – O que você tinha que falar com Luca Sartori? Eu por acaso estou reclamando de dinheiro pra você. Quem deu autorização para agir em meu nome.- Eu não agi em seu nome.- Por mais que eu odeie isso, você é um Barbieri e o que você faz é em meu nome.- Eu não sou obrigado a me submeter aos Sartori.- Que merda você está falando? Juan Carlo Sartori é o Capo e mesmo quem não faz parte da Família se submete a ele. Quem você pensa que é?- Sou um Barbieri de verdade e não vou aceitar isso. Com todo respeito Papà, se o senhor não teve pulso para acabar com eles eu o terei.- Você só vai me envergonhar
PennyDefinitivamente eu não era uma madrugadora, então eu devia considerar um milagre a minha animação as sete da manhã para trabalhar no projeto Mazza, quando eu tinha ido para a cama depois da meia-noite. O fato é que eu estava realmente empolgada e encarando isso como um verdadeiro desafio. Mas uma coisa estava me incomodando em tudo. Era a necessidade de trabalhar no prédio da Mazza Telecom e eu não estou dizendo isso pela possibilidade de ver Antony Mazza. Tenho certeza de que poucos mortais têm acesso a ele e provavelmente eu devo ficar muito longe. Mas eu receava a própria dinâmica de trabalho, de estar fora do meu ambiente, com pessoas estranhas à minha volta. Enviar Dino ou Isabel também não era uma opção. Eu confiava plenamente na capacidade deles, mas ambos estavam com um número grande de projetos em execução. Sem falar que eu não delegaria esse projeto para ninguém.Depois de um banho e escolher uma roupa adequada para enfrentar o dia de trabalho, fui para a cozinha encon
TonyEu devo estar louco, porque qualquer coisa que diz respeito a essa mulher tem o poder de me deixar instantaneamente duro. A forma como ela pronunciou as palavras causou uma contração no meu pau, que já em ascensão depois de me deparar com a sua bunda paralisada na minha recepção. Inevitavelmente uma cena dela ontem sendo tocada por aquele homem tão intimamente fez o meu sangue ferver e eu queria puni-la por isso. Sim, se eu pudesse, eu a levaria para a minha sala e espancaria até a sua bunda está rosada. Sem seguida eu a curvaria sobre a mesa e foderia a sua bunda com força para que ela soubesse que ela me pertence e que homem nenhum pode tocá-la daquela maneira.- Eu... fiz alguma coisa errada?Porra! será que eu falei em voz alta? – por que pergunta isso?- É que o Senhor me olhou... de um jeito... achei que estivesse aborrecido com alguma coisa. - Não. Venha até a minha sala. Gostaria de falar com você um minuto.- Claro – ela me seguiu até o meu escritório – tem uma bela sal
Penny Uma semana se passou desde que eu me instalei no prédio da Mazza Telecom e foi melhor do que eu esperava. O aparelho era realmente muito bom, com uma série de recursos e eu me vi apaixonada por ele. Eu estava certa de que a primeira apresentação deveria ser um vídeo curto mostrando algumas facilidades que o aparelho traria para o dia-a-dia das pessoas, mas focando no diferencial. E eu até tinha conseguido criar um roteiro para ele. Encontrei algumas pessoas realmente competentes no que dizia respeito as suas áreas técnicas na equipe de marketing da própria empresa, porém eles precisavam de condução. Eu selecionei três deles para me auxiliar nessa nova etapa e marquei uma reunião com eles, Dino e Isabel.Eu estava saindo do elevador no andar da presidência quando me deparei com Antony Mazza. Quase não o havia visto na última semana, exceto em encontros furtivos nos corredores onde murmurávamos um cumprimento. A grande surpresa, porém, não era ele, mas de quem ele estava acompanh
BeatriceCaminhei lentamente até o local onde o carro estava estacionado. Sim, eu havia conseguido com que Tony almoçasse comigo e que ele confirmasse a sua presença no clube mais tarde. Mas eu não poderia ignorar o fato de que algo havia mudado entre nós. Eu percebi o exato momento em que tudo mudou. Foi durante a nossa exibição. Em um momento eu me senti plenamente desejada por ele. Seu olhar era pra mim, assim como cada respiração e cada pensamento. No instante seguinte, eu o havia perdido. Nunca, nesse tempo todo que estivemos juntos, eu havia me sentindo usada por ele. Era minha escolha estar onde eu estava e fazer o que eu fazia. Dar prazer a ele me satisfazia de tal maneira que o meu próprio prazer provinha daí. Da liberdade de escolher satisfazer a alguém. Servi-lo com o meu corpo e levá-lo ao limite, fazendo-o oscilar em seu controle. Mas algo mudara. Até na forma que ele me olhava. Não que eu tivesse achado que ele era apaixonado por mim. Não era, eu sabia. Mas ele me desej