Isabella
Nós terminamos de comer em um clima mais leve, mas a curiosidade por todo o seu passado ainda me consumia, apenas quando estávamos já dentro do carro que eu tomei coragem para retomar o assunto.
— Eu sei que você não gosta de falar sobre isso, mas…
Gustaf soltou um suspiro, parecendo já esperar por algo do tipo.
— Eu te devo isso, você contou sua história — ele deu um sorriso fraco.
— Zachary e eu temos uma maneira de lidar com assuntos desconfortáveis, nós podemos tentar — decidi propor.
— Qual?
— Uma conversa franca e objetiva, e depois mudamos de assunto e colocamos uma pedra em cima, não tocamos nisso nunca mais — eu o incentivei, recebendo um olhar divertido.
— Vocês encontraram muitas maneiras singulares de viver.
— Tem dado certo até agora — sorri em resposta.
Gustaf se focou na estrada por alguns segundos, parecendo pensar em como começar sua história.
— Eu sempre bebi. Eu poderia inventar histórias, culpar meus pais, falar que eles foram ruins comigo, ou que eu não