Capitulo 74
Marina
Abro os olhos com dificuldade, mas logo percebi que não era um pesadelo, estou amarrada em uma cadeira, com a boca amordaçada, sinto muita dor nos meus pulsos e tornozelos, mas a dor maior e dentro do meu peito, minha vontade de gritar rasgava minha alma, eles arrancaram minha filha de mim, eles levaram minha menininha, minha alma sangrava, queimava, e eu não sabia o que fazer.
-Acordou madame...
-Olha Rodnei a madame acordou!
-Não fale meu nome seu idiota!
-Como se ela fosse ficar viva para contar para alguém, ela só está viva porque a chefe ainda não deu o veredito...
Eles falam como se eu não estivesse ali ouvindo, mas mal sabem ele que morrer era tudo que eu queria nesse momento.
As lágrimas escorrem não consigo conter, é desesperador, doloroso, mortal, é uma dor que corroe cada pedaço do meu ser.
-Ela ta chorando olha só...
-Deve estar sentindo falta da filha, se te conforta ela está viva, bem longe mas está viva!
-Pena que não pode nem se despedi