Venenos quase se escondem dentro de frascos delicados e Lindy não era a exceção. Ele sabia que ela era bonita, mas quando a abraçou, tudo o que conseguiu lembrar foi da gargalhada imunda e do comentário tosco que a garota fez sobre Hope.
Apesar disso, sorriu com gentileza e a amparou.
Colocou a jaqueta sobre os ombros da menina e a levou até a porta da casa luxuosa. Uma pequena mansão, ela não precisava se vender e ainda assim, caçava herdeiros como quem vive no deserto em busca de água.
Assim que chegaram à porta Lindy olhou para ele, um resquício de esperança de quem achava que a única coisa que estava atrapalhando a conquista da noite era o súbito mal-estar.
— Quer entrar?
Ed passou os dedos pela bochecha dela e, com aquele olhar que poderia derreter qualquer garota e sussurrou com um sorriso.
— Não.
Lindy franziu a testa, tudo parecia perfeito, ficou confusa.
E então, ele riu.
A mesma risada cínica, cruel, desumana que ela e os outros deram quando deixaram Hope para trás.
Pegou o