Sabrina Becker.
Meu celular vibra constantemente em cima da cama em seguida o toque insistente do telefone que já está me irritando.
Enrolo meu corpo em volta da toalha vermelha aveludada enquanto me encaro no enorme espelho retangular no banheiro.
-Você não fez aquilo, garota burra.- resmungo para me mesma encarando meu reflexo. -Demonstrar fraqueza não faz parte de você, Sabrina.
Apoio-me com os duas mãos sobre a quina da pia de mármore e respiro fundo abaixando o cabeça, deixando os fios recém úmidos cairem sobre meu rosto.
Que droga Sabrina.
Dou meia volta abrindo devagar a porta marrom detalhada no dourado "podia jurar que isso era ouro" e a fecho devagar por trás de mim.
Caminho sobre o carpete felpudo cinza até a minha cama onde o meu celular já havia parado de tocar.
Esse troço faz cócegas nos pés, eu particularmente prefiro o tapete liso.
Meus olhos vidram na tela enquanto meu polegar auxilia na rolagem das conversas, há várias ligações perdidas de Elisa e no final um áudio.