Ele estava prestes a pegar o remédio da minha mão, mas fui mais rápida e guardei o remédio na bolsa.
— Estou um pouco resfriada, não é nada demais.
Kátia interrompeu.
— O tempo anda ruim mesmo, tem muita gente gripada ultimamente.
Mário não lhe deu atenção, continuou fixando o olhar na minha bolsa.
Eu só queria ir embora o quanto antes, mas, assim que dei o primeiro passo, fui parada pelo chamado de Mário.
— Cláudia, afinal, o que você está escondendo de mim? Se estiver doente, me diga, posso providenciar o melhor médico para você.
Assim que ele terminou de falar, o rosto de Kátia ficou visivelmente tenso, e ela apertou ainda mais o braço de Mário.
— Não precisa, Sr. Gomes, eu...
— Cláudia, acho que ainda não chegamos ao ponto de não termos mais nada a dizer um ao outro, certo?
O questionamento de Mário me deixou intrigada, e comecei a sentir a raiva crescendo dentro de mim.
— Sr. Gomes, o senhor disse há poucos dias que não queria mais se envolver comigo, realmente não há mais nada pa