Virei-me e, claro, lá estava Sebastião. Ele olhou para mim, mas perguntou diretamente a Ana:
— Para onde você vai?
— A Carolina está com afta, vou comprar remédio para ela. — Ana respondeu, e Sebastião veio em minha direção com passos largos.
— Você não está bebendo água suficiente? — Ele perguntou diretamente, como quem já me conhecia de cor.
Eu sempre tive tendência a ter aftas quando ficava desidratada, então bebia muita água normalmente. Caso contrário, ou meu nariz começaria a sangrar ou minha boca ficaria cheia de feridas.
Depois de dez anos ao meu lado, Sebastião sabia disso muito bem.
Mas, naquele momento, suas palavras me soaram como uma provocação, e eu não pude deixar de me lembrar do que ele disse a Pedro — que estava tão acostumado comigo que já não sentia nenhum interesse.
Ao contrário, ele parecia atraído por uma viúva.
— Chefe Sebastião, veio aqui por algum motivo específico? — Não respondi à pergunta dele, adotando um tom frio e formal.
Sebastião notou minha frieza e,