George logo se aproximou. Seus olhos encontraram os meus de forma tranquila e direta:
— Vamos.
Ele nem vai explicar por que está morando tão perto de mim?
Eu queria perguntar, mas achei que, se o fizesse, pareceria estranho.
— George, por que você está morando tão perto de nós? — Ana, sempre rápida no gatilho, fez a pergunta por mim.
George caminhou até o elevador e apertou o botão. Foi aí que notei o cartão do quarto em sua mão: 308, bem ao lado do meu.
— Conveniência. — Ele respondeu de maneira simples.
Conveniência de quê? Não pude evitar que minha mente viajasse.
Ana, igualmente surpresa, olhou para mim e depois para George, com curiosidade no olhar.
— Conveniência de quê?
Eu queria bater na cabeça dela. Como ela pode ser tão curiosa? Tinha mesmo que insistir nisso?
O espelho brilhante do elevador refletia nossas silhuetas com perfeição. Eu observei George pelo reflexo e, de repente, ele levantou os olhos e os nossos olhares se cruzaram. Não desviei, mas ele foi o primeiro a romp