Sebastião ficou em silêncio por um tempo antes de balançar a cabeça com um sorriso irônico.
— Se você quer fazer drama, faça como quiser.
Até agora, ele não admitia que estava errado. Para ele, a culpa ainda era minha.
Eu não tinha mais paciência para discutir, então apenas disse:
— Vou sair da casa de vocês.
— Da nossa casa? — Sebastião estreitou os olhos escuros. — Carolina, no fundo, você nunca considerou aquela casa como sua, né? Que desperdício o carinho que meus pais têm por você.
Mordi os lábios. Ele não entendia que o que eu queria não era o carinho dos pais dele, mas o dele?
Como eu já tinha decidido me afastar, não fazia mais sentido continuar aquela conversa.
— Sr. Sebastião, tenho que voltar ao trabalho. — Falei, sem mencionar minha demissão, pois queria terminar o serviço antes.
— Carolina, você realmente quer terminar comigo? — Sebastião perguntou mais uma vez.
Parecia que ele não tinha ouvido direito das outras vezes. Olhei para ele, para aquele rosto que admirei por dez