Eu segurava o telefone, hesitando por dois segundos, sem saber o que Sebastião queria de mim.
Luana fez um gesto com o queixo, indicando para eu atender.
— Carol. — Do outro lado da linha, Sebastião também me chamava.
— O que foi? — Eu mantinha a mesma atitude fria e distante com ele.
Mesmo que eu tivesse terminado com o George, não havia mais nenhuma possibilidade entre nós, então, sempre que ele me procurava ou se aproximava, eu automaticamente levantava um muro de defesa.
— Eu voltei. — Disse ele, com uma sensação de quem retorna de um grande sofrimento.
— Hum, eu sei. — Miguel já tinha me contado.
Sebastião ficou em silêncio por um momento.
— Podemos nos encontrar? Se você não quiser me ver sozinha, pode vir à minha casa também, meus pais estão com saudades de você.
Eu imaginei a cena de João e Cátia me recebendo no aeroporto, com a preocupação deles evidente.
— Eu ainda tenho algo para te falar. — Ele continuou, interrompendo o meu silêncio. — É sobre o Pedro, e também... tem a ve