Capítulo 48
Sebastião estava sentado na cadeira, vestindo um terno preto, com uma camisa branca por dentro e uma gravata com pequenos pontos de estrelas.

Aquela gravata foi um presente meu de aniversário no ano passado. Ele nunca tinha usado, provavelmente porque não gostava. Mas agora, depois da nossa separação, ele resolve colocá-la.

O semblante de Sebastião estava péssimo, e seus olhos não saíam de mim, carregados de uma fúria latente.

Eu sabia bem o motivo de sua raiva, mas mantive a calma e perguntei:

— Sr. Sebastião, o que deseja comigo?

— Onde você esteve nos últimos dias? — A voz dele era fria como gelo.

— Férias! — Respondi, ignorando o tom inquisitivo.

Os dedos de Sebastião, que estavam pousados sobre a mesa, se contraíram um pouco.

— Eu perguntei onde você esteve.

— Na Cidade B! — Não tinha motivo para esconder, então disse o nome do lugar sem rodeios.

Ele franziu ainda mais a testa, com uma expressão de confusão nos olhos, como se não soubesse o que era Cidade B. E de fato, com um nome
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