Boa ideia essa de caímos juntas no abismo.
Lídia é uma mulher que seria capaz de usar até a vida do próprio marido como trampolim, quanto mais aproveitar os outros.
Ela não só fala, mas faz. Por isso, é alguém com quem preciso redobrar a atenção.
Aproximei-me dela, encarando-a diretamente nos olhos.
— Então, vamos ver quem vence essa disputa.
Dito isso, levantei a perna com força, soltei-me do agarre dela e saí.
Quando cheguei à porta, lembrei-me da criança que ela causou o parto prematuro. Não pude deixar de falar:
— Lídia, se você ainda é um ser humano, deveria pelo menos dar uma olhada no seu próprio bebé. No mínimo, deixe a criança saber que tipo de pessoa a colocou no mundo.
Ela congelou por um instante. Retirei meu olhar dela e segui em frente.
Fui até a sala de descanso de Luana. Esperei por uns dez minutos até que ela voltou.
— Você ainda está aqui? — ela disse, sorrindo.
— Não venha com esse papo furado. O que o diretor disse? — Perguntei diretamente.
— Nada demais. Pediu para