O rosto de Augusto ficou vermelho por causa do que eu disse.
— Que história é essa de cachorro? Para de insultar as pessoas. O que aconteceu entre nós dois está resolvido, página virada.
Olhei para ele, que claramente estava irritado, mas se segurando, e meu humor melhorou instantaneamente. Dei um passo à frente, e ele imediatamente recuou, cruzando os braços, como se eu fosse fazer algo contra ele. Não consegui segurar o riso:
— O que foi? Tá com medo de que eu faça alguma coisa? Olha só pra você, morrendo de medo. Só estou curiosa... Por que você tá tão bonzinho comigo?
— Ser bonzinho é ruim? Ou será que você preferia que eu... — Augusto parou no meio da frase e resmungou:
— Para de tentar me provocar, e nem vem pra perto. Se bobear, eu gravo tudo agora como prova.
Diante daquele jeito medroso dele, soltei um risinho irônico:
— Fala logo, o que o Miguel fez pra você ficar tão obediente assim?
O olhar de Augusto vacilou por um instante, e ele nem teve coragem de me encarar quando resp