Ele falava de uma forma tão cansada que, de repente, minhas lágrimas caíram.
Eu já havia visto João de várias maneiras, sempre cheio de energia, firme e forte, mas nunca o vi tão fraco assim.
— Não chore, Carol... Não chore. — Disse João, levantando a mão com dificuldade, tentando enxugar minhas lágrimas.
Eu segurei firme a mão dele e esfreguei as lágrimas na minha própria roupa.
Ah!
A roupa não era minha, era de Sebastião.
Fui puxada do hotel por ele, usando apenas o pijama. Quando entrei no carro, ele me deu o seu casaco. Na hora, quis recusar, mas eu só estava com o pijama de alças e não queria sair assim. Então, acabei vestindo e acabei usando até agora.
— Tá bom, não chore. — Eu levantei o rosto, enxugando as lágrimas, tentando forçar um sorriso amargo.
João me olhava, com um olhar gentil e ao mesmo tempo complexo, o que me deixou inquieta. Apertei mais a mão dele.
— Tio, você vai ficar bem. Vai dar tudo certo, eu sei que vai.
— Eu sei como está meu corpo. — João falou, com voz fr