— George, essa é a moça de quem eu falei, que quer trocar de quarto com você. Que tal vocês conversarem? — A voz da dona Malena quebrou o momento de silêncio entre mim e o homem.
Caminhei em direção a ele.
— Oi, meu nome é Carolina. Você mora naquele quarto. Será que poderíamos trocar?
— Não. — A recusa veio rápida e direta, assim como o jeito eficiente com que ele lavava a cabeça minutos antes.
Minha boca se contraiu, e uma irritação começou a crescer dentro de mim. Senti também uma teimosia emergir.
— Por quê?
Ele me lançou um olhar breve, sem dizer nada. Jogou a toalha verde militar sobre os ombros e passou direto por mim. O ar frio da água que escorria pelo corpo dele me fez tremer sem motivo aparente.
A dona Malena se aproximou, preocupada.
— Carolina, não fique chateada. O George não é bom em lidar com mulheres. Vou falar com ele de novo depois.
Eu, já um pouco irritada, falei propositalmente mais alto:
— Não precisa! Não vou ficar rica morando naquele quarto, quem quiser, que fi