— Oi, Carolina!
Augusto acenou para mim com um sorriso travesso no rosto.
— Esperei por você quase uma hora! Carolina, hoje você se atrasou. — Ele balançava o pulso para me mostrar o relógio.
Eu respirei fundo, tentando suprimir a irritação que fervia no meu peito, e me aproximei dele com passos firmes.
Hoje, troquei os saltos altos por sapatos baixos; minhas pernas estavam fracas demais para suportar o cansaço.
— Carolina, você não está se sentindo bem? — O pirralho tinha olhos aguçados e percebeu algo estranho no meu jeito de andar.
Minhas passadas hesitaram por um segundo, denunciando a minha insegurança.
Não era algo que eu pudesse admitir, então simplesmente me sentei de forma firme e resoluta diante dele:
— Vamos direto ao ponto, Augusto. O que você quer?
Ele ignorou minha pergunta e continuou provocando:
— Carolina, não dormiu bem ontem?
O pirralho parecia ser mais direto , como se ele soubesse de algo.
Endireitei-me na cadeira, tentando parecer confiante.
— Diga logo o que te