Quando os pensamentos turbulentos atingiram seu ápice, a porta da cela foi aberta de repente de fora.
- Todos de pé! - Gritou o guarda.
Todos imediatamente largaram suas tigelas de comida e se levantaram. Larissa tinha ouvido falar das regras ali e se lembrou delas.
Mas mal teve tempo de pôr os pés no chão quando uma pontada no estômago a fez se dobrar, quase caindo, até que um braço se estendeu e envolveu ela.
Ela colidiu com o peito daquela pessoa, o nariz encontrando um cheiro familiar de neve limpa. Nos olhos de Larissa, surgiu uma onda de angústia indescritível.
A injustiça de ser acusada, a injustiça de passar fome por duas refeições. Uma pergunta quase escapar pela sua poca, “por que você demorou tanto?”, mas ela conseguiu morder a língua a tempo. A voz de Walter veio de cima dela.
- Não consegue andar?
- Dor de estômago... - Disse Larissa fracamente.
- Você mereceu, não pensou em deixar a Milena me procurar?
Larissa empurrou fracamente o peito dele e Walter ergueu ela