Larissa ficou um pouco surpresa, hesitante, mas concordou com a cabeça:
- Tudo bem, obrigada, você me ajudou muito.
- Não tem de quê, não tem de quê. - O motorista deixou a cama dobrável e se foi.
Larissa não esperava que aquele homem pensasse nisso.
Ela olhou para a cama por um momento, encontrou um canto da parede onde não atrapalhasse ninguém, abriu ela e colocou um cobertor, se deitando.
Suas costas, rígidas por dois dias e noites, finalmente descansaram.
Larissa sentiu pela primeira vez a gravidade de maneira tão intensa, seu corpo todo pesadamente afundando.
Walter voltou para a Mansão das Costas Leste.
Ele não gostava de estranhos em casa; as empregadas vinham limpar quando ele estava no escritório.
Se ele estivesse em casa, não haveria mais ninguém lá.
Ele tirou o casaco e o terno, jogando-os no sofá, se preparando para tomar banho, quando o celular tocou.
Ele olhou, era Pires.
Walter atendeu e colocou o telefone em cima do armário.
- Pai.
Do outro lado da linha, com a v