Carolina voltou ao foco e pegou o copo de água das mãos de Matilde. — Não... nada.
Ela estava apenas um pouco preocupada e ansiosa, temendo que José tivesse que enfrentar tudo sozinho na empresa.
— Matilde, o que você está fazendo? Não trabalha direito e atende os clientes, só sabe ficar conversando com quem não pode comprar luxo? — A supervisora, claramente irritada, fez questão de alfinetar Matilde.
Matilde revirou os olhos.
Desde o primeiro dia em que entrou ali, a supervisora vinha implicando com ela.
Era por causa de sua contratação direta.
Essas lojas de marcas de luxo tinham critérios rígidos de seleção, e embora Matilde atendesse às exigências estéticas, seu nível acadêmico deixava a desejar.
E ainda por cima, ela tinha antecedentes criminais.
— Aqui não atendemos pessoas à toa. — A supervisora, de forma ríspida, se colocou à frente de Carolina.
Carolina ficou um pouco desconfortável. — Desculpe... Eu já vou.
— Não precisa sair! — Matilde olhou com raiva para a supervisora. —