Agora, Júlia estava dirigindo furiosamente, ultrapassando os outros carros com raiva, e, inexplicavelmente, Augusto se sentiu triste por ela.
Ela era a filha mais velha da Família Pinto, mas não tinha sequer um amigo de verdade, nenhum familiar que realmente a amasse, nem alguém em quem pudesse confiar.
Júlia era boa de coração, mas tinha a língua afiada. Apesar disso, era uma mulher de caráter.
— Por favor, segue aquele carro. — Augusto disse apressado, com um toque de arrependimento.
Ele sempre achou que a conhecia bem, então por que tinha que a provocar?
Talvez, depois de um ano ou quando ela se cansasse, seria melhor se afastar naturalmente.
Augusto sabia que Júlia, com seu temperamento, precisava ser mimada, ou então tudo ficaria difícil.
— Aquela é sua amiga? Está dirigindo demais, vai dar ruim! — O taxista, que se achava um bom motorista, mal conseguia acompanhar.
— Por favor, mais rápido.
Augusto estava começando a se preocupar.
De repente, Bum! Um acidente aconteceu à frente,