Bernardo enxergava um futuro seguro para Esther em Iurani. Ele sabia que, mesmo que ela decidisse levar uma vida simples, ele teria condições de garantir que ela nunca enfrentasse dificuldades.
O mesmo valia para Estélio.
Uma vez saudável, o menino se tornaria cada vez mais ativo. Ele construiria amizades, descobriria novas possibilidades e, com o tempo, formaria sua própria família. Bernardo acreditava que, ali, Estélio encontraria as melhores oportunidades para crescer e prosperar.
Mas Esther tinha outros planos. Com firmeza, ela revelou sua decisão:
— O Faraó... O pai precisa de você aqui. Quanto a mim, vou voltar para a capital com Estélio.
— Esther, o que você acabou de dizer? — Bernardo segurou os ombros dela, seus olhos estavam arregalados de surpresa.
Desde o dia em que descobriu que o Faraó era seu verdadeiro pai, Esther nunca o havia reconhecido como tal. Mas agora, ao se referir a ele como “pai”, ela estava, mesmo que indiretamente, abrindo uma porta para aceitá-lo.
A reação