Esther se sentia dividida. Toda vez que pensava em perdoar, as palavras ficavam presas na garganta. Ela não conseguia esquecer.
Além disso, as coisas que o Faraó e Gustavo fizeram no passado... As cenas que ela testemunhou... Eram como flashes de um filme, se repetindo incessantemente em sua mente, quadro a quadro.
O Faraó acenou em despedida. Não disse nada, mas o silêncio falou mais do que palavras.
Bernardo observou a cena e, depois de um momento, falou lentamente:
— Esther, você realmente acha que ele ainda é um homem mau?
Pais e mães, na grande maioria das vezes, se sacrificam pelos filhos sem esperar nada em troca.
Para os filhos, o Faraó claramente não era um vilão.
Mas a visão política e ideológica era diferente, Esther não podia mudar isso. Desde pequena, foi ensinada a seguir valores que iam contra as ações dele. As lembranças a sufocavam, e só pensar nisso fazia sua cabeça doer.
Por isso, ela decidiu parar de pensar.
— Dá pra não falar disso comigo, Bernardo? — Disse ela, ca