Estélio, com as mãos pequenas, pegou o pedaço de batata-doce que Esther entregou a ele. Ele não devorou com pressa, mas comeu devagar, mastigando com calma.
Enquanto isso, Esther encheu mais um copo com água e colocou perto dele.
— Se não for suficiente, fala comigo, tá bom? Eu pego mais pra você. — Esther disse com um tom que mesclava carinho e preocupação.
Estélio ergueu os olhos por um breve segundo, balançou a cabeça negativamente e voltou a se concentrar no pedaço de batata-doce. Havia uma espécie de barreira silenciosa nele, uma resistência quase instintiva em se comunicar mais do que o absolutamente necessário.
Esther desviou o olhar, dando espaço a ele. Enquanto começava a arrumar os poucos pertences na barraca. De repente, o som cortante de uma corneta ecoou ao longe. Era a convocação para uma reunião. Algo importante estava acontecendo com a tropa.
Antes que Esther pudesse reagir, Estélio colocou a batata-doce de lado e se levantou em um movimento rápido e preciso. Ele assum