Esther estava sem fôlego, sentindo o vento frio bater contra seu corpo, mas não percebeu o frio logo de cara. Ela apenas fugiu, desesperadamente, como se pudesse escapar da dor que lhe rasgava o peito. Suas pernas tremiam de exaustão, e cada passo parecia uma batalha contra a gravidade.
Não sabia quanto tempo tinha corrido. Quando finalmente parou, estava exausta e respirava pesadamente, como se tivesse corrido mil quilômetros. Seus pulmões ardiam, e suas mãos estavam trêmulas. Apoiada nos joelhos, percebeu que lágrimas caíam no chão, misturando-se com a poeira e a sujeira da rua.
Só então, Esther percebeu que estava chorando, suas lágrimas quentes se tornando frias ao contato com o ar, cortando seu rosto como facas. Ela se sentiu vulnerável e exposta, como se o mundo pudesse ver todas as suas fraquezas.
Por quê? Por quê?
Ela se perguntava internamente, a dor em seu peito crescendo a cada segundo. Por que todas as coisas boas tinham se transformado em mentiras?
Ela sempre pensou que M