Esther curvou os lábios em um sorriso frio.
— Está tentando me assustar?
Jogar ratos... Que método mais baixo e infantil.
A garota, com os braços cruzados, avançou em direção a Esther, o olhar gélido e carregado de fúria.
— Não estou te assustando, estou te avisando! Fique longe do professor Bernardo! Não ouse tentar dar em cima dele!
A garota falava em português, mas seu sotaque denunciava que sua fluência era apenas um pouco superior à das crianças da aldeia.
Esther riu, balançando levemente a cabeça.
— Você está avisando a pessoa errada. Não tenho nenhum interesse nele.
— Acha que engana quem? — A garota claramente não acreditava, o rosto tingido de desprezo. — Você não é daqui, não pertence ao nosso povo. Apareceu na aldeia com segundas intenções!
Sua voz se elevava, transbordando indignação.
— E ainda se aproximou do professor Bernardo assim que chegou. Se isso não é tentar dar em cima dele, então o que é?
Por dentro, Esther achava tudo aquilo hilário.
Mas, aparentemente, o leve s