Esther podia sentir o chão tremendo sob seus pés. Instintivamente, ela se apoiou em uma árvore próxima, enquanto seus olhos observavam o céu, que estava completamente tingido de vermelho.
De repente, o som de tiros ecoou à distância. Seus reflexos quase automáticos a fizeram virar na direção do barulho, mas o que viu a deixou paralisada.
Vários homens trajando uniformes camuflados avançavam pelo vilarejo, empunhando fuzis que disparavam contra qualquer um que estivesse à frente. Onde eles passavam, corpos caíam como folhas secas ao chão, formando poças de sangue que se espalhavam por todo lado.
Esther ficou imóvel, incapaz de se mover, com o corpo dominado pelo medo.
Ela observou os homens entrarem nas pequenas casas do vilarejo. Quando saíam, traziam em mãos sacos e caixas, parecendo carregar tudo o que podiam saquear. Logo em seguida, os mesmos homens ateavam fogo às casas, transformando o vilarejo em um inferno de chamas.
O horror nos olhos de Esther era evidente. Para ela, era inco