Assim que terminou de falar, Rita se virou para sair. Mas, antes que pudesse dar mais um passo, Esther segurou sua mão com força.
— E você? — Esther perguntou, seu tom carregado de preocupação.
Rita olhou para ela com um sorriso confiante.
— Eu sei me cuidar. Preciso voltar lá e ajudar o pessoal! — E lançou para Esther um olhar que parecia prometer que tudo ficaria bem.
Esther se escondeu no canto, atrás de uma porta, que mal deixava a luz entrar. A escuridão no lugar envolveu ela completamente, trazendo uma onda de medo. Mas ela sabia que precisava ser forte, não só por ela, mas também pelo bebê. Seus braços apertaram firmemente o próprio corpo enquanto fechava os olhos, tentando ignorar o som constante e ameaçador dos tiros que ecoavam pelo salão. Mesmo assim, não conseguia evitar o suor frio que se espalhava por sua pele, fruto do medo que apertava seu coração.
Com os olhos ainda fechados, uma memória surgiu de repente.
Era a imagem de uma garota magra, de cabelos loiros desgrenhado