Essas palavras foram suficientes para mudar completamente a expressão de Marcelo. Parecia que Esther tinha tocado na parte mais sensível da alma dele.
— Você precisava mesmo tocar nesse assunto? — Marcelo perguntou, com o tom mais frio.
— Eu estou falando isso para evitar que a gente se machuque mais. — Ela respondeu, firme, mas com uma ponta de amargura.
Marcelo a encarou intensamente, tentando processar a situação. Ele já tinha se esforçado para esquecer toda essa confusão, mas agora ela jogava tudo isso de volta na sua cara.
— É simples, basta tirar essa criança. — Ele sugeriu, apertando os lábios.
— Eu não quero. — Esther respondeu, sem hesitação.
Marcelo respirou fundo, tentando manter o controle.
— Eu posso te dar tempo, até você pensar melhor sobre isso. — Ele disse, suavizando o tom.
Esther levantou os olhos para ele, sem desviar o olhar.
— Não tem mais tempo, Marcelo. — Ela falou, com uma calma que parecia cortar o ar.
Marcelo, com a mandíbula tensa, fez a pergunta que o estav