De repente, uma voz fria e incisiva ecoou pelo quarto.
— Você tem noção de que eu sou seu cunhado? — Marcelo perguntou, cada palavra carregada de uma frieza glacial.
Larissa congelou instantaneamente. Quando levantou a cabeça e encontrou o olhar gelado de Marcelo, sentiu um calafrio percorrer sua espinha. O coração dela, que batia acelerado de excitação momentos antes, agora parecia afundar. Não havia no rosto dele o menor traço de desejo, algo comum em qualquer homem diante de uma mulher atraente. Em vez disso, ele a encarava com uma indiferença cortante, como se ela estivesse atuando sozinha em uma peça que ninguém assistia.
Marcelo parecia impenetrável, uma muralha que Larissa não conseguiria transpor. Sua autoconfiança começou a vacilar, mas ela tentou manter a compostura, apertando as mãos para esconder o tremor que começava a se formar.
— Claro que sei que você é meu cunhado. — Respondeu ela, tentando soar doce, mas sua voz saiu vacilante.
Marcelo franziu ainda mais o cenho, seu