Esther segurava a garrafa de leite ainda morna em suas mãos, sentindo o calor suave contra a pele. Ela tomou um gole hesitante, o líquido doce com um leve sabor de leite descia pela garganta, mas deixava um gosto amargo na boca. Seus pensamentos estavam embaralhados, uma mistura de alívio e desespero que ela tentava controlar.
— Descanse um pouco. — Marcelo, já com o ferimento tratado, disse com um tom que misturava preocupação e determinação. — Eu cuido do que for preciso com a polícia.
Ele queria poupá-la de mais estresse, percebendo o peso de tudo o que havia acontecido. O caso de sequestro era sério demais para deixar qualquer detalhe escapar, e ele sabia que teria que investigar a fundo, mesmo que isso significasse sacrificar seu próprio descanso.
Esther, ainda meio atordoada, se deitou na cama do hospital, sentindo o corpo pesar mais do que o habitual. O leite em sua mão era uma âncora que a mantinha conectada à realidade, mas não afastava o medo que ainda rondava sua mente. Ela