Lorenzo recebeu o café da manhã das mãos do mordomo e foi abrindo cada pote com cuidado, arrumando tudo na mesinha de cabeceira. O gesto deixou o mordomo de queixo caído.
— Senhor, deixa que eu sirvo. — Disse o mordomo, querendo confirmar se Michele era mesmo namorada do Lorenzo ou só estava fazendo charme pra enganar a matriarca da família.
Lorenzo percebeu a intenção e, com um olhar sério, respondeu:
— Ué? Não posso cuidar da minha namorada? Ou será que depois desse tempo fora de casa, você está esquecendo como as coisas funcionam aqui?
— Jamais, senhor. Só queria ajudar, masse o senhor prefere assim, vou voltar pros meus afazeres. — O mordomo enrolou, recuando devagar.
Lorenzo fez que sim com a cabeça e sentou na beirada da cama, pegando a colher para dar a canja pra Michele.
— Vai devagar que está quente. Essa canja é boa pra recuperação. Se gostar, posso pedir para fazerem sempre que você quiser. Pode pedir o que quiser.
— Fala sério? Não está me enganando, né? — Michele entro