Bernardo ainda oferecia a Julia o espaço necessário, sem impor vigilância.

O Faraó, por sua vez, permanecia quieto, esperando pelas palavras de Julia.

Julia apertou os lábios com leveza e, com uma voz firme e baixa, falou:

— Quero me recuperar o mais rápido possível. Não quero mais ficar deitada, presa a essa cama. Existe algum medicamento especial que possa me ajudar?

Ela sabia que um ferimento grave exigiria um longo tempo de recuperação, mas se ficasse ali por todo esse tempo, perderia a preciosa chance que tinha. A oportunidade havia finalmente surgido, e ela não podia deixá-la escapar.

— Não há medicamento milagroso. — O Faraó respondeu, com as mãos atrás das costas e a expressão impassível. — A bala atravessou seu peito. Uma mulher já é fisicamente mais frágil, e você precisará de mais descanso. Além disso, você não tem nenhuma tarefa urgente no momento.

Julia abaixou a cabeça, mas sua mente estava a mil. Como assim não tinha tarefa? Para ela, Bernardo era sua missão. Ela tinh