Os olhos de Esther ficaram úmidos, denunciando sua tristeza. No fundo, ela sabia que toda essa situação era consequência de uma única verdade: ela e Marcelo não eram fortes o suficiente.
Se tivessem poder, jamais estariam à mercê de ameaças. Pelo contrário, fariam com que todos implorassem por sua ajuda.
Ela se inclinou lentamente e encostou a testa na de Estélio. Com a voz rouca, murmurou:
— Desculpa, meu filho... A mamãe voltou...
— Não tem problema, mamãe... — Disse Estélio, enquanto seu olhar brilhava como as estrelas mais cintilantes do céu.
Ele amava Esther profundamente, queria tê-la por perto para sempre e nunca a culparia por nada.
Além disso, o papai também estava de volta.
Com dificuldade, Estélio ergueu sua pequena mão, magra a ponto de parecer que não havia carne alguma, e limpou as lágrimas no canto dos olhos de Esther.
Ao ver isso, o coração dela apertou dolorosamente. Imediatamente, ela se lembrou do antídoto que Marcelo trouxera. Se virou para ele com urgência na voz: