Nesses poucos dias no Hospital Psiquiátrico Municipal, Rafaela experimentou na pele o verdadeiro significado de algo pior que a morte.
Todos os dias, eles a submetiam a choques elétricos e torturas de todo tipo. Até mesmo para dormir, trancavam Rafaela no banheiro.
Ela quase acreditou que seria morta naquela prisão de sofrimento, mas, por sorte, Enrico veio para resgatá-la.
No entanto, as sombras daqueles dias a consumiram completamente, distorcendo seu coração. Rafaela estava imersa em uma raiva profunda e irreversível.
— Foi tudo culpa de Joaquim e Natacha! É tudo culpa deles! Joaquim foi cruel demais... Todos esses anos juntos, e ele ainda assim me tratou com tanta maldade. Pois bem, se é assim, vamos todos morrer juntos! — Gritou Rafaela, a voz carregada de ódio.
Quando Enrico a trouxe de volta, por acaso, ela passou pela sala onde Gabriel estava bebendo. Rafaela o viu de relance e imediatamente compreendeu: provavelmente Natacha havia voltado para os braços de Joaquim, e Gabriel,