— Eu ainda tenho chance de voltar a estudar? — Domingos perguntou, a voz cheia de esperança, piscando os olhos.
Natacha concordou, se inclinando levemente para ele, como se quisesse transmitir segurança através de sua postura.
— Sim, desde que você siga meu tratamento direitinho, com certeza vai ter a mesma oportunidade que as outras crianças. — Ela disse, com um tom encorajador.
Nesse exato momento, a porta se abriu com um baque, e Rafaela entrou rapidamente, os olhos fixos em Natacha como se fossem lanças. Ela foi direto em direção a Natacha, empurrando-a com força para o lado.
Natacha, apanhada de surpresa, quase perdeu o equilíbrio, mas conseguiu se segurar na parede a tempo. Seu coração disparou com a brusquidão do gesto, mas ela manteve a compostura.
Com os olhos arregalados de incredulidade, Natacha a encarou, sua respiração ainda um pouco descompassada pela surpresa.
— O que você pensa que está fazendo? — Ela perguntou, o tom carregado de indignação.
Rafaela, ainda furiosa,