Natacha hesitou por um momento, seu rosto expressando uma mistura de incerteza e determinação. Embora achasse aquilo muito estranho, ao pensar em Paulo, ela assentiu com firmeza e disse:
- Sim, eu vou tentar.
Joaquim observava ela atentamente, sentindo uma pontada de ironia. A situação entre ele e Natacha era verdadeiramente paradoxal. Eles poderiam ser um casal realmente feliz e apaixonado, mas por algum motivo, estavam se afastando cada vez mais, até chegarem a esse ponto. Mesmo como marido e mulher, parecia que estavam apenas fingindo, desempenhando papéis em um teatro trágico.
Natacha olhou para o relógio, e o ponteiro já estava quase nas oito horas.
- Eu preciso voltar ao trabalho. - Ela disse em voz baixa, olhando em volta do quarto, parecendo relutante em sair. - Já está quase na hora da troca de plantão.
Os corredores do hospital estavam cheios de enfermeiras apressadas, empurrando carrinhos carregados de equipamentos médicos, e o cheiro de desinfetante impregnava o ar. Natach