Natacha olhou para o chão, incapaz de enfrentar o olhar de Paulo. A verdade é que ela admirava a forma como Paulo lidava com a morte, aceitando seu destino com uma tranquilidade impressionante. No entanto, ela não conseguia sorrir e se despedir dele. Sua própria dor era esmagadora demais.
Apesar disso, sua razão dizia a ela que continuar com o tratamento seria inútil. Paulo apenas sofreria ainda mais. Submeter seu avô a sessões de radioterapia e quimioterapia àquela altura seria pura tortura, uma crueldade que ela não poderia suportar.
Ela respirou fundo e, tentando conter as lágrimas, assentiu firmemente.
- Vovô, eu entendo. Prometo que farei de tudo para que você seja feliz todos os dias daqui em diante. - Disse Natacha, com a voz tremendo de emoção.
- Essa é a minha menina. - Paulo respondeu com um sorriso fraco, mas cheio de carinho. - Sempre soube que você era especial. Ter você na nossa família foi uma bênção para o Joaquim.
O coração de Natacha apertou de tristeza.
Felizmente