Duarte abaixou a cabeça e olhou para o rostinho radiante da mulher em seus braços. Ele sorriu levemente e disse:
— Se você tivesse sido tão obediente antes, eu não teria feito isso com você.
Lorena forçou um sorriso amargo, reprimindo a raiva e a humilhação que sentia no coração.
Duarte então suavizou o tom de voz e continuou:
— Naquele dia, quando voltei, minha intenção era pedir desculpas a você. Mas, antes disso, nenhuma mulher jamais havia me batido. Por isso, acabei não pedindo desculpas e ainda gritei com você. Eu sei que também errei.
Naquele momento, pouco importava para Lorena se Duarte se desculpava ou tentava se justificar.
Porque, no fundo, tudo o que Lorena queria era ir embora, fugir para bem longe de Duarte e reencontrar a si mesma, a pessoa que era antes de perder a memória.
Assim, ela fingiu se reconciliar com ele.
No entanto, quando Duarte a beijou, Lorena reagiu com um incômodo evidente, o corpo rígido, uma repulsa que não conseguia disfarçar.
Mesmo