Quanto mais Rosana ouvia, mais desconfortável se sentia. Sem ter para onde correr, ela apenas acompanhou a mãe e entrou na casa.
Assim que Rosana passou pela porta, um homem de meia-idade, aparentando pouco mais de cinquenta anos, se levantou do sofá na sala de estar.
— Esta é a Rosana, certo? — Disse o homem, analisando ela com um olhar cordial, mas penetrante.
— Sim, Antônio. Eu não disse? Minha filha é linda, não é? — Ivone levou Rosana até Antônio Sampaio e continuou. — Rosa, este é o seu tio Antônio.
Rosana olhou para o homem de óculos, que exalava um ar de autoridade, e chamou timidamente:
— Boa noite, tio Antônio.
— Não precisa de formalidades, querida. Considere esta casa como sua. — Antônio respondeu com um sorriso acolhedor. — Sua mãe fala muito de você. Desde que soube o que aconteceu com o seu pai, ela ficou muito preocupada com você, temendo que sua vida estivesse difícil. Agora que nos mudamos para a Cidade M, podemos nos ver com mais frequência. Isso também p