Rosana não conseguiu retirar a mão que estava presa. Um pânico discreto a fez abaixar a voz e dizer, com uma tensão crescente:
— Manuel, não seja tão cruel. Se eu gritar agora, o Dedé e os outros logo ouvirão.
Manuel ainda segurava sua mão com força. Seu rosto não demonstrava nem um pingo de nervosismo, apenas uma frieza implacável enquanto retrucava:
— Você realmente esqueceu o que eu te disse? Você se afastou de mim e já está tão ansiosa para se tornar madrasta de alguém?
Rosana, consumida pela raiva, sacudiu a mão de Manuel com força e respondeu, ainda mais irritada:
— Isso não tem nada a ver com você! Manuel, já terminamos. Agora, com quem eu estou, não é mais da sua conta!
Antes que ela pudesse se afastar completamente, Manuel a segurou pelo braço com força e, num movimento brusco, a puxou para si, trazendo ela para um abraço apertado.
Rosana nem teve tempo de reagir, quando Manuel já estava erguendo seu rosto, puxando-lhe os lábios com um beijo ardente e urgente.
O beijo de Manue