O coração de Rosana se apertou, uma dor sutil, mas intensa. Ela desviou o olhar, não querendo encarar a expressão triste de Ivone, e falou com frieza:
— Eu já não preciso mais de amor maternal. Vá embora!
Nesse instante, uma menina apareceu à porta da cozinha, com cerca de oito ou nove anos de idade. Ela olhou para cima, com o rosto virado para Rosana, e disse:
— Irmã, você não pode ser menos dura com a mamãe?
Rosana levou um susto e a olhou, surpresa.
Ivone rapidamente puxou a menina para perto de si e a apresentou:
— Rosa, esta é sua irmã, Gisele Sampaio.
A menina estava vestida de maneira delicada, mas sua pele e lábios estavam pálidos, dando a ela um ar de fragilidade.
Os olhos de Gisele eram negros e claros como a noite, e ela se aproximou de Rosana, pegando gentilmente sua mão.
— Irmã, o café da manhã que a mamãe fez está uma delícia. Vamos comer juntas, por favor?
A mão de Gisele era macia, e, especialmente por ela a chamar de irmã, Rosana não conseguiu dizer nada, nem pedir par