Rosana respirou fundo, reunindo toda a sua coragem. Levantou os olhos e olhou fixamente para Manuel, repetindo, com um fio de insegurança:
— Você ainda me quer?
No instante seguinte, Manuel puxou rapidamente o braço de Rosana e a levou para seus braços. Ele a abraçou com força, como se desejasse absorver toda a dor que havia lhe consumido. Seu coração, antes endurecido, agora parecia derreter em uma confusão de sentimentos.
— Boba, como eu poderia não querer você? — Disse Manuel, a voz suave, com um toque de alívio.
Ele estava aliviado, mas também cheio de gratidão. Manuel tinha medo de que Rosana nunca mais fosse capaz de perdoá-lo. Ele já havia se preparado para perdê-la para sempre.
Enquanto seus dedos passavam pelos cabelos dela, Manuel se lembrou de tudo o que havia feito de errado, de todas as feridas que causara. A culpa o envolveu como uma névoa densa, e ele sussurrou, com pesar:
— Rosa, me perdoe... Eu sinto muito, de verdade...
Rosana estava imóvel em seus braços, sem ousar s