Rosana falou em voz baixa, com um tom melancólico:
— Sra. Maria, eu... Gostaria de conversar a sós com o Manuel.
Ao perceber que havia uma oportunidade para algo, Sra. Maria imediatamente consentiu:
— Claro, fiquem à vontade. Eu vou dar uma caminhada lá no parque. Ah, e não se esqueça de monitorar a água do Manuel. Se acabar, avise a enfermeira para trocar.
— Pode deixar, eu sei. — Rosana assentiu, observando Sra. Maria se afastar.
A porta se fechou novamente, e só então Manuel falou, com um tom suave, quase distante:
— Rosa, você não precisava fazer isso. Como minha mãe disse, não é necessário que você carregue a culpa pelos erros do seu pai. O que aconteceu foi um erro meu, e eu deveria ter pedido o seu perdão antes.
Rosana balançou a cabeça, seus olhos permaneciam abaixados, e com voz baixa ela respondeu:
— Você deveria ter me contado tudo isso antes. Cinco anos atrás, você deveria ter me contado. Se eu soubesse, eu teria aceitado sua vingança. Eu sei que a vida do seu pai, o casame