Manuel sempre gostou de ter tudo sob controle, de sentir que podia manipular as situações ao seu favor. Mas, agora, a realidade era bem diferente.
Ele estava claramente em uma posição passiva, e sentia que tudo e todos ao seu redor, inclusive ele mesmo, estavam se afastando do rumo que havia imaginado.
Antes, a sensação de perder o controle e a adrenalina da vingança até o animavam, mas agora, Manuel só sentia um peso de preocupação.
Nesse momento, seu celular tocou, quebrando o silêncio do corredor vazio com um som nítido.
Manuel olhou a tela do telefone e atendeu. Do outro lado, a voz suave e delicada de Rosana surgiu:
— E aí, como está tudo aí? Sua mãe está bem? Não estão te fazendo mais dificuldades, né?
Manuel olhou para a porta do quarto de hospital, seu tom de voz cansado e carregado de fadiga:
— A situação não está boa, minha mãe teve outra crise. Mas é o mesmo problema de sempre, não há risco de vida. E você, ainda está na casa da família Camargo?
— Sim, Natacha me pediu p