Rosana se virou e, com os braços envolvendo o pescoço de Manuel, levantou seu rosto delicado, com um sorriso suave, dizendo:
— Você tem chegado muito tarde ultimamente. Eu fiz um lanchinho para você. Você tinha gastrite, e quando fica com fome, acaba sentindo dor no estômago.
Manuel a observava com seus olhos profundos, como se nunca se cansasse de vê-la.
O rosto de Rosana ficou um pouco corado, se sentindo constrangida sob o olhar intenso de Manuel. Ela murmurou:
— Você está com fome ou não? Por que está me olhando assim?
— E você, o que acha? — Manuel se inclinou e beijou suavemente os lábios dela. — Eu estou com fome, mas não quero lanche. Eu quero você.
Rosana imediatamente o empurrou e, apressada, serviu a ele uma tigela de canja recém-feita:
— Prove logo essa canja, assim posso sentir que meu trabalho não foi em vão.
Manuel sentiu uma onda de carinho e culpa. Ele segurou a mão de Rosana e disse:
— Não se apresse, vem cá, eu preciso te perguntar algo. — Depois de falar, Manuel se