Na manhã seguinte, ao acordar, Julieta viu que Francisco já estava de pé.
Ele falava ao telefone junto à janela, vestido com elegância, seu perfil anguloso destacado.
Quando percebeu movimento, Francisco desligou o telefone e se voltou para encontrar o olhar de Julieta.
- Sra. Julieta, gosta tanto assim de me observar?
Julieta desviou o olhar.
- Por que você ainda não foi embora?
- Vim buscar você para a alta.
Francisco se sentou ao lado dela na cama, notando o rubor em seu rosto, e sorriu levemente:
- Sra. Julieta, por que está vermelha?
Julieta sentiu um breve desconforto.
- Você viu errado.
Mas Francisco segurou seu rosto com a mão.
- Sra. Julieta realmente acha que tenho problemas de visão? - Ele fez uma pausa. - Me acha bonito?
O desconforto de Julieta aumentou.
Ela evitou o olhar.
- Não.
Francisco soltou ela, ainda sorrindo:
- Se gosta de olhar, olhe à vontade. Eu não disse que você não podia.
Julieta quase quis se explicar, mas percebeu que algumas coisas se tornam mais constran